A criança, nos primeiros anos de vida, recebe quase tudo de sua mãe. Não só alimentação e calor, segurança e roupa, sorriso, palavra e amor, a mãe lhe abre também o mundo exterior: o contato com as pessoas, animais, plantas e coisas...
O ambiente da criança brota do ambiente materno: o que a mãe não ama, as pessoas e as coisas com que se ocupa, o convívio com seu marido, deixam sua marca no mundo da criança, ainda em formação.
A própria mãe amadurece intimamente nesse dar e receber. A cada passo ela tem de examinar e aprofundar sua atitude diante dos valores da vida.
Pelo segredo da criança e pela responsabilidade assumida ela torna-se mais consciente e adquire experiências até então desconhecidas.
O mundo da criança foi também o mundo da mãe. Ela foi a medida de todas as coisas. Sabia o que era bom ou ruim. Agora a criança se liberta e seu mundo fica maior.
Uma nova dimensão de experiência fá-la crescer. Outras pessoas entram em sua vida e deixam sua marca. Ela torna-se autônoma, cresce entre o sucesso e o fracasso e aprende a se conhecer dia a dia: no estudo, na diversão, no trato com os amigos...
Mas, a mãe será sempre a amiga, que estará onde for necessário; que sabe ajudar no jogo de esconde-esconde ou remendar uma calça rasgada sem grande alarde, que respeita o segredo da criança, sabe aguardar, consolar e encontrar resposta às perguntas difíceis.
Apesar disso, a criança tem consciência de que precisa conquistar o mundo. E, para o mundo lhe ser feliz, não basta estar repleto de conhecimentos escolares e mil impressões desconexas, mas é absolutamente necessário ter a formação da alma e do coração. E isto está amplamente nas mãos da mãe.
"Este texto tem como fonte uma revista do ano de 1973, que se intitula ECOS MARIANOS. Não mostra o nome do autor(a)."