sábado, 1 de dezembro de 2018

Declaração do Presidente eleito

As mazelas vão durar muitos anos, infelizmente . 
O Brasil foi aparelhado para o socialismo/comunista baseado em pilares sustentáveis, como seja: 
1-doutrinação nas universidades;
2- distribuição ajudas ao mais pobre, em vez de dar emprego/dignidade;
3- imprensa com verbas;
4- dinheiro da corrupção para eles e o Partido.

"Ganhamos, acabamos com o PT!" Não...

Tire esse pensamento da cabeça agora! 
O PT está caído, sim, mas está muito longe de deixar de ser uma ameaça.

Já se perguntou porque o pior candidato de um partido envolvido até o pescoço em corrupção, cujos principais líderes estão todos na cadeia, recebeu 44 milhões de votos?

A resposta é simples. Conquistamos a presidência, mas o PT e suas variáveis ainda dominam tudo que leva até lá. 
A esquerda ainda detém enorme influência e poder. Jamais subestimem um grupo que ganhou 4 eleições, passou 13 anos com acesso a reservas quase infinitas de dinheiro e colocou seu pessoal em absolutamente TODAS as engrenagens da máquina estatal.

A esquerda ainda domina: meio acadêmico, meio artístico, meio cultural, movimentos sociais a grande parte do meio político. 
A influência deles é tão grande, que me fizeram , praticamente o culpado da facada que levei. 
Fizeram de uma matéria esdrúxula de jornal, sem provas, uma acusação que foi parar no TSE e ficou uma semana em destaque. Fizeram meus apoiadores se passarem por bárbaros descontrolados noticiando ataques claramente forjados.

Acham mesmo que eles perderam esse poder só por que não chegaram à Presidência? 
Se não tivessem esse poder, teríamos ganho com 80% dos votos. 
O povo sabia que não queria o PT, mas a destruição da minha imagem foi colocada em prática por todo o sistema. 
Perdeu-se milhões de votos por conta de calúnias divulgadas pela esquerda com tamanha intensidade que faria Goebbels se sentir um estagiário na xerox do DCE.

Ganhei a eleição para Presidente, mas a máquina está toda podre e comprometida. Não irá deixar-me governar e fazer as reformas que o País precisa, sem apoio de vcs. 
Irão sabotar-me desde o primeiro dia.

Todas as mudanças na área econômica serão anunciadas pelo sistema como uma tentativa de prejudicar os pobres e retirar direitos do trabalhador. 
Todas as mudanças na área social serão anunciadas como uma tentativa de assassinar LGBTs/Mulheres/Negros/Pobres/Nordestinos. 
É assim que a esquerda joga.

Estou recebendo o Brasil no pior estado que um Presidente já recebeu, serei criticado pelos seus acertos e massacrado pelos seus erros. Tentarei não errar. 
O primeiro ano será bem difícil. 
É preciso tomar o poder de influência da esquerda e devolvê-lo ao povo. 
O povo tem que se informar por fatos e não por narrativas cuidadosamente construídas por intelectuais em universidades.

Voltarei ao assunto sobre onde estão instalados os inimigos e como desentocá-los.

Não há como acabar com a divisão no País, se não acabarmos com quem está nos dividindo.

Comemoremos a vitória, foi gigantesca. Mas não percamos a noção da realidade. Estamos só no começo.

*Jair Messias Bolsonaro*

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Prontuário De Meu Pai

Meu pai, 79 anos, estava com pressão alta e o levei para a emergência do hospital.
Ele foi conduzido para enfermaria e fiquei com o seu celular e a sua carteira. Na doença, não existe posses.
Era o seu responsável pela primeira vez na vida. Precisava preencher o prontuário médico.
A atendente me alcançou a folha alertando que se tratava de perguntas simples. Peguei a caneta e mordi a tampa, em vez de deslizar a tinta na página.

- Biotipo sanguíneo? 
Eu não sabia. 
- Alergia a medicação?
Eu não sabia.
- Já teve sarampo, caxumba, catapora? 
Eu não sabia. 
- Realizou alguma cirurgia?
Eu não sabia. 
- Vem usando medicação?
Eu não sabia.

Vi que eu não conhecia o meu pai. Ele que me conhecia de cor e teria facilidade em preencher qualquer ficha a meu respeito.
Mesmo possuindo quatro décadas e meia de oportunidades, o pai surgia como um desconhecido íntimo. Um anônimo. Eu não me esforcei em descobrir quem me cuidava durante todo esse tempo. Nossa relação foi uma via de mão única.
Terminei reprovado no teste de filho. Deixei o teste em branco, para o meu constrangimento. A atendente tentou disfarçar o desconforto: “depois perguntamos para ele”.
O prontuário médico tornou-se o meu obituário filial. Eu me dei conta que nunca me preocupei em desvendar quem habitava a função “pai”, em determinar as suas escolhas, em revelar a pessoa atrás da roupagem familiar.
Meu pai veio com uma encomenda pronta quando nasci e jamais desfiz o embrulho para buscar o que havia dentro. Não desfrutava de condições de responder nada por ele, pois o reconhecia como eterno provedor, uma fortaleza inexpugnável, onde me socorria em caso de necessidade. Só eu pedia ajuda, não ajudava. Só eu cobrava afeto, não devolvia. Só eu esperava recompensas, não observava também a sua carência e sua fragilidade.

__Fabrício Carpinejar

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Estas crianças têm nome


No dia 11.2.2005, o helicóptero do presidente Lula desceu na comunidade de Canaã, no agreste pernambucano, ao lado da cidade de Toritama; o presidente caminhou até um grupo de crianças e agachou-se em frente a elas. Um fotógrafo captou a cena, e a foto foi publicada nos jornais. Ao vê-la, decidi visitar as crianças e, com base no que observei, escrevi uma carta ao presidente, sob o título “Estas crianças têm nome – como dar-lhes um futuro?”.

Descrevi a realidade de onde elas viviam, especialmente a escola onde estudavam, reconheci que o presidente ainda não era o culpado daquele triste cenário de penúria educacional e pobreza social, mas que seria o responsável se, dez anos depois, o quadro se mantivesse; na carta, sugeri dez medidas para mudar aquela situação, seguindo as linhas do projeto que tentei executar ao longo de 2003, quando fui ministro da Educação.
Lula exigiu que todos os pobres ficassem do outro lado da cerca, quando visitou a comunidade de Canaã para uma sessão de fotos.

Na semana passada, voltei ao local e vi a tragédia resultante de dez anos de abandono da educação e da falta de políticas públicas consistentes para a emancipação dos pobres.
A menina – na foto está bem em frente ao presidente – de nome Taciana, então com 6 anos, deixou a escola aos 14, engravidou aos 15 e aos 16 tem um filho de 1 ano e 2 meses chamado Angelo Miguel. O irmão dela, conhecido como Cambiteiro, estava no grupo, mas não quis aparecer na foto. Fora da escola antes dos 15 anos, tornou-se vigilante informal nas pobres ruas de Canaã, até ser assassinado.

O menino chamado Rubinho, então com 7 anos, para quem o presidente Lula parecia olhar, deixou a escola antes da quinta série e, aos 17, tem um filho de nome Natan Rafael. Seu irmão Diego, que não aparece na foto por ser então muito pequeno, hoje, com 15 anos, já esteve preso; na cadeia, foi jurado de morte pelos presos; esfaqueado, fugiu do hospital e desapareceu. Jailson, o que ri para o presidente, e Josivan, na ponta direita da foto, deixaram a escola antes de terminarem a quarta série. Jaques, então com 9 anos, deixou a escola com 13; o menino conhecido como Nego, então com 8 anos, não estudou e tem hoje dois filhos.

Nesses dez anos, a vida daquelas crianças tornou-se uma monótona repetição de fatos e fracassos: todas deixaram a escola antes de concluírem o ensino fundamental, fazem parte do exército de analfabetos funcionais que ocupa o país; todas foram trabalhar ao redor dos 15 anos, em trabalhos informais sem qualificação; tiveram filhos ainda na adolescência; nenhuma teve o futuro a que tinha direito ao nascer.

Toritama é um Mediterrâneo onde aquelas crianças naufragaram na viagem para o futuro, diante dos olhos do presidente Lula e de todos nós.
Lula é hoje o ex-presidente mais rico da história do país, apesar de sua origem humilde. Somente das empresas que desviaram dinheiro da Petrobras, Lula movimentou quase R$ 52 milhões de reais, desde que deixou a presidência, conforme apurou a Polícia Federal.

Relato do senador Cristovam Buarque (ano de 2015)
Fonte: Síntese News